HISTORIA
DAS MASCARAS
Disp:
http://www.infoescola.com/artes/historia-das-mascaras/
Ao longo da história da humanidade, as máscaras foram
utilizadas com os fins mais distintos, de acordo com a cultura e a
religiosidade do povo que as adotavam. Geralmente elas permitiam o acesso a
universos regidos pela imaginação ou a dimensões espirituais invisíveis. Os
contadores de histórias assumiam muitas vezes o uso das máscaras para dar mais
vida às suas narrativas, enquanto muitos eventos próprios da Natureza, mas que
não se podiam ainda explicar, eram compreendidos através do recurso a estas
ferramentas de ilusão e dissimulação.
Elas
desempenharam, em muitas civilizações, o papel espiritual, como instrumentos
principais em rituais sagrados. Assim foi na África,
quando eram elaboradas por mãos artísticas, com feições distorcidas, proporcionalmente
maiores do que as normais, constituídas de cobre, madeira ou marfim; no Egito
Antigo, onde mascaravam as múmias prestes a serem enterradas, enfeitadas com
pedras preciosas; entre os indígenas norte-americanos, habitantes do noroeste
dos EUA, bem como os Hopi e os Zuni, em solenidades nas quais pranteavam seus
entes queridos que haviam partido para a espiritualidade.
Os
nativos brasileiros, em suas cerimônias, portavam máscaras simbolizando
animais, pássaros e insetos; na Ásia, elas eram assumidas tanto em ritos
espirituais quanto na realização de casamentos; em várias tribos primitivas, os
índios mais velhos usavam máscaras em cerimônias de cura, para expulsar
entidades negativas, com o objetivo de unir casais em matrimônio ou nos rituais
de passagem, momentos marcados pela transição da infância para o mundo dos
adultos.
As
máscaras também tinham características simbólicas, como se verifica nas tribos
de esquimós que residem no Alaska. Eles acreditavam na dupla vida de cada ser,
de um lado humana, de outro animal. Desta forma, as máscaras também eram
produzidas com uma feição duplicada; em algumas festas erguia-se a mais
externa, revelando a outra, até então oculta.
No
mundo ocidental os antigos gregos foram pioneiros no uso das máscaras, adotadas
nas festas dionisíacas, perpetradas em homenagem a Dionísio, divindade
responsável pelo vinho e pelos rituais de fertilidade. Nessas ocasiões, todos
dançavam, cantavam, se embriagavam e realizavam orgias, evocando a presença do
deus através do emprego da máscara. A Grécia foi também o berço do Teatro,
modalidade artística que recorria constantemente ao encantamento das máscaras,
até mesmo como uma forma de evitar que os atores incorporassem os mortos.
Atualmente ainda se vê este hábito perpetuado no Japão.
Com
a queda do Império Romano, os cristãos primitivos praticamente proibiram o uso
das máscaras, considerando-as instrumentos do paganismo. Na América, elas
desembarcaram junto com os europeus que para lá se transferiram, tanto como
brinquedos infantis, quanto para bailes e outras festas. Em Veneza, no século
XVIII, as máscaras transformaram-se em itens de consumo cotidiano por todos os
seus habitantes, velando apenas o nariz e os olhos. Logo foram proibidas, pois
dificultava a ação da polícia na identificação de criminosos, muito comuns
nesta cidade naquela época.
AS MÁSCARAS
AS MÁSCARAS
Atualmente
elas são utilizadas em festas tradicionais, no Halloween, o famoso Dia das Bruxas, e no Carnaval; bem como em
determinadas práticas profissionais, como a do apicultor, que assim se protege
do ataque das abelhas; ou em certos esportes, como a esgrima.
Ainda hoje, no Brasil, elas
estão ativas nos festejos carnavalescos e nas festas folclóricas e rurais,
participando de forma efetiva no comportamento emocional e social das pessoas,
ensinando princípios básicos da moral comunitária, perfazendo um elo entre o
passado e o presente, entre o tradicional e o moderno.
Nas culturas indígenas, as
máscaras representam forças espirituais que se buscam nos rituais místicos ou
religiosos traduzindo os pensamentos participativos e os objetivos coletivos de
toda a comunidade.
Segundo Schultze, as
principais funções de uma máscara são:
disfarce;
símbolo de identificação;
esconder revelando;
transfiguração;
representação de espíritos da natureza, deuses,
antepassados, seres sobrenaturais ou rosto de animais;
participação em rituais;
interação com dança ou movimento;
fundamental nas religiões animistas e
mero adereço.
Disp.:
http://oficinademascaras.blogspot.com.br/p/historia-das-mascaras.html
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